sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O conto da sorte...

   Certo dia, um garoto chegou ao seu pai e lhe perguntou:
-Papai, você tem sorte?
   O pai, perplexo com a pergunta, tentou responder da melhor maneira, mas não foi possível.
-Que tipo de pergunta é essa?
-Não sei, as pessoas dizem que alguns tem sorte, e outros não. É verdade?
-Depende, meu filho. Umas pessoas tem sorte pra algumas coisas, e outras pessoas pra outras coisas. Você acredita em sorte?
-Sim. Acho que sim.
-Então venha cá.
  O homem alto, de cabelos brancos pegou o menino de pouco mais de um metro no colo e o levou até a cozinha. Onde pegou de uma gaveta, quase que inutilizada, um cordão feito de prata e corda.
-O que é isso papai?
-O cordão de prata. Me ajudou quando eu era da sua idade. Ele traz sorte.
-Verdade?
-Sim, claro- disse sorrindo, ainda com o menino no colo.- agora ponha ele e tenha sorte.
-Pra sempre?
-Até o dia que você achar que deve usar. Quando não precisar mais você o dará pro seu filho, que fará o mesmo. E assim seguirá.
   O garoto deu um sorriso, um pouco confuso. Mas acenou com a cabeça, dando a entender que ele tinha compreendido tudo. A criança tinha pouco mais de sete anos, e dificilmente ia lembrar daquilo. Mas mesmo assim o pai falou, fez, e o deu.
-Obrigado papai. Vou usar sempre.
-De nada, filho.- enquanto o filho colocava o cordão no pescoço o pai lhe colocou no chão.
    Alguns anos depois, o garoto já crescido, voltou ao pai, como fez oito anos atrás, e o devolveu o cordão.
-Filho, por que está me dando o cordão?
-Eu sei bem, pai. Não existem pessoas com sorte. Só existem pessoas, e cada um faz sua sorte. O que é sorte pra mim pode não ser pra você, e vice-versa.- E o garoto sorriu.
-Já vi que não precisa mais do cordão. A lição está dada. E você a bem aprendeu. Parabéns.
-A partir do corão eu construí minha sorte. E agora o destino é quem controla tudo.
   Os dois se abraçaram e cada um voltou a fazer o que estava fazendo.

Rafael Felix Passos. 14h14

Esquecida lembrança do medo...

Tem vezes que a gente esquece.
tem vezes que a gente pede,
tem vezes que a gente não sabe,
não faz ideia de como fazer.

Tem vezes que a gente chora,
tem vezes que a gente sofre,
por alguém que vale a pena,
por alguém que amamos.

Às vezes nada acontece,
quase sempre tudo acontece.
Do melhor ou do pior modo,
acontece inevitavelmente.

Acontece por culpa nossa,
por querer mexer no rio da vida,
por querer alterar o inalterável
por querer mudar o impossível.

Tudo isso por medo,
medo de que algum dia você vá embora
e se esqueça de mim,
e apague sua memória.

Por cauda do maldito medo,
medo do nada... 
do infinito,
medo de tudo.

Tem vezes que a gente esquece.
Tem vezes que a gente chora
Às vezes nada acontece,
acontece por culpa nossa.
Tudo isso por medo,
por causa do maldito medo.

Tem vezes que a gente pede,
tem vezes que a gente sofre,
quase sempre tudo acontece,
por querer mexer no rio da vida,
medo de que algum dia você vá embora
medo do nada... 
Acontece inevitavelmente,
por querer mudar o impossível
e moldar o mundo 
ao meu modo...


sábado, 10 de dezembro de 2011

Qual é o limite do amor?

Até onde vai o amor?
Até onde ele nos leva?
Até que mundo?
Qual tempo e dimensão, espaço e tamanho?

São vários os caminhos
são várias as dores
as decepções,
mas no fim das contas tudo vai bem.

Isso ocorre quando o amor é amor.
Quando tudo que você sente é tudo,
e você cria uma dependência física por aquela pessoa
e não mais vive sem ela.

O amor não tem limites
não tem fronteiras
não escolhe tempo, espaço
nem sexo nem raça.

É esse sentimento
essa onda
esse calor...
É esse tal de amor.

É abrir mão de tudo pra viver ao lado de quem te faz bem,
e saber ouvir cada palavra a ser dita.
Falar tudo quanto tem a dizer,
e nunca esconder nada.

O amor nos leva onde nem imaginamos,
nos faz crescer,
nos faz viver,
e depois de muito ter amado, e vivido,
nos faz morer.
De amor à vida...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cores

Me deparo com a luz,
que faz as cores,
que da amores
que faz brilhar.

Me deparo com o azul do céu,
do mar,
do ar,
do luar...

Sinto o verde,
o aroma da esperança
que sinto em seus abraços
que sinto em nossa dança...

Esse céu belo,
de nuvens brancas
como algodão,
como a sua pele.

O negro da noite,
o brilho de seus olhos
e o reflexo na água,
sincronia.

O vermelho,
que escorre do sangue,
que decora o amor,
que enfeita as flores
e o aroma da cor.

São tantas cores,
tantos sentimentos
tantas palavras
e tantos lamentos...
São palavras ao vento
tentando fugir
por entre as cores
entre os amores.

Vai, leva cor ao vento,
sabor aos mares
esperança aos mortos
verdade aos que mentem...

Vai, e leva a cor...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Grito em silêncio
pra que só minh'alma escute,
e só ela saiba
o quanto eu te amo.

Grito em silêncio,
pois o mundo não merece saber seu nome
que de dentro de mim não sai
e no meu coração vive...

Amo em silêncio
pra não acordar desse sonho,
pra não te perder,
nem te esquecer.

Amo sozinho,
no vazio,
em silêncio,
com carinho.

Rafael Felix Passos
6.12.11- 10h37