Entre beijos e abraços, noites e amassos, me perco no tempo e me iludo afogado na tristeza. De que adianta a riqueza, se aquele não é o bem maior? De que adianta homens mil, de personalidades invejáveis se não é aquele o que quer? Do que adianta...?
De nada adianta entregar-se a quem está longe, mesmo querendo estar perto. Assim como de nada vale entregar-me àqueles que estão ao meu redor, porém, que não tenho carinho nem motivação pra estar junto, que não quero ficar por muito tempo, que não vejo nada além de corpos e objetos de prazer.
É invejável aquele amor que alguns encontram, que podem estar juntos e se verem a todo instante, pois dividem o mesmo quarto. Aqueles que se amam pela noite inteira, e acordam ainda se amando, que se olham pelos cantos, e pelos encantos. São todos esses amores que me doem. É o amor que me dói.
O que me dói, não é te amar, pois eu não te amo. É não poder tentar te amar. É não poder ter a chance de te conquistar, não poder nem te ver nem te tocar como eu gostaria. Me dói estar tão longe e te sentir tão perto, tão intensamente dentro de mim, tão longe...
É querer ser seu, chamar-te de meu... Se pudesse, uma hora contigo já me valeria a angústia de muito tempo. Já me traria o sorriso mais sincero, e o calor mais terno, e lhe daria o abraço mais eterno quanto pudesse. Só que o destino me armou uma cilada maldosa. Colocou você, e tirou você. E agora o que fica é só a vontade, e só o querer. E uma forte esperança de um dia novamente o ver.
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