terça-feira, 23 de outubro de 2012

Nervoso de gente grande

      Foi assim bem de repente, eu tinha dez, depois quinze, e já tenho dezessete...
     
      Estava eu na rua Estados Unidos, número 170... Um momento de tensão. Nervoso controlado, mas inevitavelmente impulsivo. Duas belas e muito bem vestidas mulheres sentaram-se frente à mim e começaram a entrevista. Há tempos que eu não sentia essa sensação engraçada de aprovação ou reprovação. Desde o teste da Escola de Música.

      Entre conversas e distrações, muitas perguntas me coçaram por dentro... Na verdade o momento todo foi me coçando por dentro. O nervosismo, o momento "emprego". Tudo isso me fez perceber que não sou mais uma criança dependente dos pais. Esse é um novo momento onde o menino se torna homem, mas mantém dentro de si, bem guardado, a criança de sempre.

      É um novo momento, onde termino o colegial e começo a vida trabalhista. Onde começo a independência infinita. Até a morte...

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