sábado, 29 de setembro de 2012

O vento que trouxe...

O vento traz
e ele mesmo leva.
Ele não sabe o que é dor
tão menos o que é treva.

Os ventos dos polos nos trazem o frio,
os ventos da áfrica nos trazem as canções
os ventos do mundo são do mundo
e trazem à nós corações.

As que tem que ficar, se vão,
as que querem voltar, esperam,
e algumas, nunca mais se verão.

Porém, pensemos sempre em amar
pois não importa a distância nem o tempo
o que importa, o coração vai falar.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Covardia

    Não desisti, mas ainda assim sinto-me perdido entre um momento e outro. Ver-te novamente e poder tocá-lo com as pontas dos dedos foi no mínimo enlouquecedor para mim. Desde o momento que te vi pela primeira vez sinto necessidade de tocar seus lábios com os meus, e dar-te um beijo que demonstre o que ainda tenho vivo em mim. Mas o medo... Que medo. Medo de confundir seus pensamentos novamente e criar todo aquele clima difícil de lidar novamente. Essa confusão antes presenciada por mim e vivida por você não foi por culpa minha, mas essa agora, seria (ou foi).

    Será que eu deveria ter te mostrado o que sinto?! Céus... Posso não ter a oportunidade de vê-lo novamente nunca mais. Posso ter o decepcionado friamente causando em você certa decepção irrevogável ao meu respeito. Eu não quero perder você! Isso é, se eu já não perdi. Quero chorar e não consigo. Quero te dizer coisas bonitas mas não vou poder provar se você não permitir. Toda essa culpa que sinto, por não ter feito algo que eu podia, está me perturbando e acho que continuará me perturbando por muito tempo.

    Se eu não o perdi, me mostra, e faz-me entender o que quer de mim.

    Não é nenhuma fraqueza minha. Não nesse momento. Em algum momento vamos nos reencontrar. Não sei quando, nem onde, nem em quais circunstâncias, nem mesmo se será nessa vida. Só sei que por hora posso dizer que seus olhos gritam pra mim e me dão medo. Nunca tive tanto medo de amar alguém como tenho medo de te amar... Ainda que eu ame, tenho medo de ser sugado por você de forma a não saber mais quem sou.

    Mas, se eu sempre deixar o medo me dominar, nunca saberei como ser feliz. Uma hora tudo acontece, e espero que seja da melhor forma... 
    Você sempre me faz bem. Mesmo quando não me faz bem, acaba me fazendo bem.

sábado, 15 de setembro de 2012

Impecrto

    Às vezes não quero acreditar que não estou mais com você e que não vou poder reviver aqueles momentos a não ser em minhas lembranças alucinantes... Em tão pouco tempo eu desejei tanta coisa que agora até me perco ao pensar em tudo que eu queria, em tudo que eu esperava.

    Me dói de uma forma tão desconhecida. Não sei porque acabo sofrendo tanto. Dói não estar com o garoto perfeito que eu sempre sonhei ter, e não poder acordar do seu lado de novo com seus olhos verdes fixos em mim. É dolorido saber que você pode estar sofrendo calado e eu não posso fazer nada.

    Sabe... toda vez que eu ouço 'Somebody that I use to know' fico perplexo. Lembro de nós dois no carro passando pelas ruas iluminadas de São Paulo, dando risada, se olhando fixamente nas paradas dos semáforos. Foi tudo tão simples, natural... Mas foi. Se foi.

    Ainda hoje tenho medo do que pode acontecer, como ver você de novo e não aguentar as emoções e acabar passando do limite fazendo ou tentando algo; ou então ser muito frio a ponto de você me achar grosso e insensato de alguma forma. Não sei. Só sei que tenho que me preparar pro que vem pela frente. Ainda assim, continuo sem crer que deixei que você fosse assim...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Solidão

É estar sozinho, ao vento.
E viver apenas por viver,
na imensidão da morte
solto à sorte.

É esperar pelo nada
como se ele trouxesse algo.
É saber que estou só
e mesmo assim não querer ninguém.

É deitar-se no chão e sentir-se seguro com o frio,
e, novamente, esperar por nada.
Atônito e no ápice do desespero,
deixando os detalhes pra trás, pro nada.

Ter amado e sofrido me levou à loucura,
viver sendo desejado e não poder fazer com que isso mude.
 Entregar-se ao sentimento de dor
viver vazio, buscando a fuga do amor.

A verdade é que eu deixei tudo acontecer,
cravei a espada em meu peito e deixei morrer.
Atirei-me de um penhasco,
que ainda não cheguei no fundo.

Sofrer perdeu a graça,
assim como amar.
e por mais que eu tente e que eu faça
nunca mais saberei me doar.

Ninguém tem culpa a não ser eu.
O dever de viver era todo meu.
Mas, agora, perdido como estou,
tento encontrar meu lugar.

Tento me recordar onde é meu lar
ainda que eu não lembre mais.
E tento me encontrar
onde haja apenas paz...