É estar sozinho, ao vento.
E viver apenas por viver,
na imensidão da morte
solto à sorte.
É esperar pelo nada
como se ele trouxesse algo.
É saber que estou só
e mesmo assim não querer ninguém.
É deitar-se no chão e sentir-se seguro com o frio,
e, novamente, esperar por nada.
Atônito e no ápice do desespero,
deixando os detalhes pra trás, pro nada.
Ter amado e sofrido me levou à loucura,
viver sendo desejado e não poder fazer com que isso mude.
Entregar-se ao sentimento de dor
viver vazio, buscando a fuga do amor.
A verdade é que eu deixei tudo acontecer,
cravei a espada em meu peito e deixei morrer.
Atirei-me de um penhasco,
que ainda não cheguei no fundo.
Sofrer perdeu a graça,
assim como amar.
e por mais que eu tente e que eu faça
nunca mais saberei me doar.
Ninguém tem culpa a não ser eu.
O dever de viver era todo meu.
Mas, agora, perdido como estou,
tento encontrar meu lugar.
Tento me recordar onde é meu lar
ainda que eu não lembre mais.
E tento me encontrar
onde haja apenas paz...
Nenhum comentário:
Postar um comentário